Ouvimos muitos parlamentares e assessores dizendo que não estão no Facebook ou em outras mídias sociais porque os internautas irão acessar suas páginas para atacar ou denegrir suas imagens. Um grande engano, pois dificilmente o internauta acessará a mídia oficial do político apenas para atacá-lo, uma vez que ele pode fazer pelo perfil dele mesmo para seus amigos verem.
Outro fator importante é o próprio alcance do Facebook que vem diminuindo com o aumento de páginas na rede, deixando assim sua visibilidade mais forte entre pessoas que interagem mais com a página, ou seja, os fãs.
É claro que nesse meio sempre tem um grupo de haters que faz questão de “interagir” com a página oficial do político apenas para apresentar seus problemas sejam estes verdadeiros ou não.
Buscando compreender quem sobressai entre advogados e haters em páginas de políticos, monitoramos as páginas do pré-candidatos ao governo do Pará no período de 24 a 30 de maio de 2014.
Foram coletadas e analisadas 691 respostas às publicações dos pré-candidatos ao governo do Pará em suas páginas do Facebook. A saúde da marca, métrica de porcentagem que representa a proporção de itens não negativos, apresentou o valor de 86%, sendo 55% só de positivo.
As interações com as páginas tem sua maior intensidade no final da manhã depois das 10h, apresentando uma pequena queda à tarde e mantendo-se estável até meia noite. Entre 0h e 10h quase não há envolvimento dos seguidores com as páginas.
Apesar das mulheres serem maioria no estado, conforme mostramos em outro artigo, a maior parte das respostas às publicações é do sexo masculino com 412 interações, que correspondem a 60% do total.
A média de interações é 1,4 respostas por pessoa no período analisado, sendo que a pessoa que mais interagiu teve 18 repostas e 83% pessoas interagiram com as páginas apenas uma única vez.
Com a aproximação da eleição esse número poder aumentar, conforme a disputa for ficando mais acirrada, e até baixar a saúde da marca ou talvez manter, uma vez que os advogados também irão ficar mais ativos, por isso torna-se necessário um monitoramento constante. 😉
Confira no infográfico o resumo do monitoramento:
O estudo mostra a importância de se realizar monitoramento em mídias sociais, pois além de ser um excelente meio de se conhecer o seu público, também poderá visualizar crises surgindo ainda no início e ter chance de resolver antes de ficar incontrolável.
Obs: As páginas analisadas foram selecionados como possíveis pré-candidatos apontados por blogs paraenses no dia 23 de maio. Os demais partidos ainda estavam definindo candidatura ou não descobrimos a tempo.